Cinco participantes do Projeto Unicirco passaram no processo seletivo para ingressar na Escola Nacional de Circo Luiz Olimecha, da Fundação Nacional de Artes – Funarte no ciclo de 2025/2026. Com duração de dois anos, o curso em artes circenses da Escola Nacional é um programa de formação e pesquisa reconhecido pelo Ministério da Educação como curso técnico e oferece aos seus alunos uma bolsa no valor de R$3.125,00 (três mil cento e vinte e cinco reais), pagos mensalmente durante o período letivo do curso. Para o Instituto Unicirco, ter participantes selecionados para ingresso na ENCLO é confirmação da qualidade do próprio trabalho pedagógico, visto que a Escola Nacional é considerada hoje o principal centro formador do segmento circense em toda América Latina, e seu processo seletivo é bastante rigoroso e competitivo.
A ENCLO, da Funarte, foi fundada em 1982 e está localizada na Praça da Bandeira, Zona Norte do Rio de Janeiro. Atuando na difusão e democratização do saber circense, o equipamento cultural possui grande relevância para a cultura e educação nacionais e já formou alunos que mais tarde foram contratados por grandes circos itinerantes, nacionais e internacionais.
Os participantes do projeto selecionados são: Carlos David Martins da Silva, selecionado para teeterboard e volante de acrobacias, Marcos Vinícius Ferreira Buter, selecionado para báscula de escape e volante de acrobacias, Maria Clara de Sena Vieira Rivas, selecionada para lira e contorção, Marina Canedo de Magalhães de Sá selecionada para tecido acrobático e Wandreu Cezar Caetano, selecionado para portagem, Alexandra Romano selecionada para Lira. Alexandra integrou a turma do Núcleo Unicirco Profissionalizante 23/24/25; David, Marcos, Wandreu são artistas que vieram dos projetos pedagógicos da Unicirco. Marina e Maria participaram das audições para o elenco e são professoras do pedagógico na Quinta da Boa Vista.



Rodolpho Rangel, treinador e coordenador técnico da Unicirco, comenta que a aprovação dos alunos no edital é motivo de orgulho para o projeto, que atua mapeando e capacitando talentos. “A Unicirco é uma escada para estes talentos irem para o mercado nacional ou internacional. E a passagem de alunos do projeto para a Escola Nacional, onde o aluno passa a ter uma capacitação profissional com um diploma aprovado pelo Mec, é um caminho natural para que este profissional ganhe o mercado.” Rangel já foi professor da ENCLO, técnico da seleção brasileira de trampolim, e passou temporadas viajando o mundo com o Cirque du Soleil.
Além dos seis participantes que seguirão para a ENCLO, outra artista revelada pelo projeto está de despedida. Pamela Caetano foi contratada pelo Circo Americano, que está atualmente em Maceió, onde se apresenta no trapézio, lira e tecido. Em Dezembro, o trapezista Daniel Cunha, que aprendeu o número no projeto Unicirco, se inseriu no mercado e hoje se apresenta no circo Kroner, que atualmente faz temporada em Fortaleza. Com as saídas de Daniel, Pamela e os aprovados pela Escola Nacional, novas vagas se abrem para o projeto e em breve a Unicirco anunciará novas audições para completa-las. Assim, o projeto continua a contribuir para a renovação e vigor do segmento circense no Brasil.
O enfoque pedagógico é apenas um dos pilares do Projeto Unicirco Arte Educação e Comunidade. O projeto está em sua sexta edição e conta com patrocínio do Governo do Estado, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental, e Governo Federal.”